Exposição - "LUZ E AGUARELA", de PEDRO OROZCO TRISTÁN
06.08.2016
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Inauguração 06 Agosto, às 19:00
Exposição patentente de 06 a 30 Agosto
"Em arte não há técnicas maiores nem menores. Na arte, o importante é a criatividade. Que a pessoa que enfrente um suporte com alguns materiais saiba o que quer fazer e tenha os meios para o fazer. Assim, quando nos encontramos face a uma boa aguarela, não nos importamos com o calor da tela nem com a densidade da pintura, porque a intensidade com que os pigmentos podem iluminar um papel, pode ser a mesma ou maior que a que caracteriza um bom óleo ou um bom acrílico.
Pedro Orozco Tristán começou timidamente com a aguarela como meio de expressão, após muitos anos de desenho, e descobriu com surpresa que, para ele, não havia uma forma melhor de criar uma composição, porque a rapidez da técnica coincidia com a velocidade com que o seu cérebro a obrigava a tornar-se realidade. Rapidamente aplicou o seu conhecimento para colocar os objetos no espaço e, por último, procurou a luz, que saía de toda a parte, e encontrou-a a rodos.
Há um momento de libertação do criador, que, tem amarras aos seus modelos, aos seus mestres, ao local onde vive. Romper essas cordas e navegar sozinho é começar a criar uma linguagem própria. Só quando o espetador, ao longe, reconhece o autor de uma obra, isso se consegue. E é nessa fase que está Pedro, porque não há dúvida de que agora conta com uma linguagem própria, com seguidores e inclusivamente imitadores.
Na sua obra não temos de procurar as cidades que visitou, as paisagens por onde deambulou nos últimos anos, sendo evidente que são muitas e que estão nos portos do Mediterrâneo, nas medinas marroquinas ou nos elétricos lisboetas que protagonizam as suas aguarelas. Temos de procurar a sua linguagem criativa, a sua relação com o meio, com as pessoas, com as máquinas… sim, porque nada do que nos rodeia falta nas suas pinturas. Nada, porque está atento a tudo o que o rodeia.
As páginas deste catálogo falam de um pintor maduro, num momento de espontaneidade e de alegria pessoal evidente. Isso nos diz a liberdade do seu traço, nos demonstra a explosão de luz e a vivacidade da cor. Continua a haver provocação na realização da composição, mas cada vez é mais um acaso que uma necessidade. E, isso sim, é capaz de passar de um pequeno formato para um mural que tem que se lhe diga, para admiração de quem nunca tinha visto uma aguarela de quatro ou de seis metros de comprido.
Ceuta tem um grande aguarelista. Tem um grande pintor em Pedro Orozco. Alguém que leva o nome de Ceuta para onde vai, que partilha com companheiros de pincéis a sua aprendizagem, a sua mestria… Que é embaixador da arte ceutina e ao mesmo tempo recrutador de muitos deles para que nos visitem, para que deixem as suas obras na nossa cidade. Assim também se constrói o património cultural, cuja formação não se pode parar, porque nada para, e o que fazemos hoje, possivelmente vão pedir-nos amanhã."
José Luis Gómez Barceló
A.C. da Real Academia de Bellas Artes de S. Telmo
27, 28 e 29 de Agosto
INSCRIÇÕES ABRETAS
"Aguarelas onde a luz do Mediterrâneo é diferente da do Atlântico assim como da luz do mar do Norte...
A LUZ na aguarela deve distinguir-se como se tratasse de um mapa. Logo uma aguarela pintada em Paris, não pode ser comparada com outra pintada em Sevilha. Identificamo-las pelas cambiantes da luz." - Pedro Orozco, Membro da Associação Espanhola de Aguarelistas (AEDA Madrid)
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