Existe uma inadiável história para alguns, para os inquietos, inconformados, visionários, surrealistas, livres e loucos.
Reserva-se para esses uma pequena gota de água selvagem, um incontestável ímpeto de imprevisibilidade, o mais profundo e oculto desajuste - a vida sensível.
Em toda esta história existem muitos momentos de frustração. Podemos destruir algo esquecendo-o e transformando-o em pó, mas ser corajoso é ir além da nossa imaginação.
As obras aqui são sem medo. Secas. Coisas feias. Livres de existir.
- Filipa Morgado –
Caldas da Rainha, 1988. Arquitecta Filipa Morgado termina o mestrado integrado em Arquitectura pela FA-UTL em 2013, tendo a oportunidade de estudar um ano em Buenos Aires. Após a finalização do mestrado vive e trabalha durante quatro anos na Cidade do México, onde criou e liderou projectos a várias escalas. Começou a frequentar uma oficina de joalharia, actividade que desenvolve nos seus tempos livres. A paixão pelo espaço levou-a a encontrar, na pintura, uma poesia que carregava e mal se podia revelar. Após uma longa e inspiradora viagem pela América do Norte, volta a Portugal para estudar Cerâmica Criativa nas Caldas da Rainha durante um ano, onde adquiriu ferramentas e desenvolveu novos imaginários, agora a três dimensões. A manipulação do barro juntou-se ao exercício diário da pintura. Os seus desenhos e as suas esculturas são o reflexo de um mundo complexo que a habita. Encontra na partilha de experiências a resposta genuínas às perguntas mais difíceis com as quais se vai cruzando, e assim construiu o projecto de residências artísticas em contexto rural numa aldeia das Caldas da Rainha, CAU- Cortém Aldeia Urbana e fundou a Associação Cultural ARTE MUDA. Em 2020 inicia o Mestrado em Gestão Cultural na ESAD - IPL e actualmente colabora como produtora na Trienal de Arquitectura de Lisboa.
Instagram: @filipamorgad0