Worksohp - Compor é fixe!!!!
27.12.2013
De 27 a 29 Dezembro
Compor é fixe!!!!
Técnica, forma, harmonia, timbre, dramaturgia e linguagem musical são questões que os compositores estão a lidar e reflectir-se numa base diária. Há muitas maneiras de abordar as questões acima postas e há muitas direções que têm sido seguidas ao longo da história da música, com a finalidade de resolver problemas e lidar com as várias possibilidades apresentadas.
Este curso é dirigido a jovens a partir de 14 anos e para adultos, amantes da música, que sentem-se a necessidade de criação musical e querem embarcar nesta viagem cheia de surpresas.
A metodologia que vai a ser seguida não seguirá o caminho seco e muitas vezes extremamente limitando, baseado no estudo técnico, mas partirá do elemento mais essencial da música: o som!
Cada participante é chamado para trazer o seu instrumento (tradicional ou elétrico) e, com a orientação dos tutores envolvidos, pesquisar as possibilidades de timbre e de som que pode ser produzido. Com esta forma, os participantes vão começar a entender a grande quantidade de possibilidades dentro e fora do âmbito tradicional de interpretação, que os seus instrumentos oferecem.
Pequenos conjuntos, formandos pelos participantes vão começar a improvisar / criar as suas próprias composições.
Desta forma, e com a orientação dos tutores, questões importantes, como a ideia musical, forma, contraste, harmonia e textura vão ser introduzidos lentamente, mas a partir de uma abordagem criativa e não de um ponto de vista teórico.
Como resultado final, as atividades serão encerradas com um pequeno concerto, onde os participantes irão interpretar os trabalhos criados durante o curso.
HORÁRIOS:
Dia 27 de Dezembro - 10:00 às 13:00 e 14:30 às 17:30
Dia 28 de Dezembro - 10:00 às 13:00 e 14:30 às 17:30
Dia 29 de Dezembro - 10:00 às 13:00 e 14:30 às 17:00
CONCERTO - APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS DESENVOLVIDOS
Dia 29 de Dezembro - 18:00
INSCRIÇÃO: 2.5 €
CONTACTOS UTEIS:
Email:
Tel. 262 094 081 / 262 889 650
O CCC, nos últimos anos, tem desenvolvido um programa de residências artísticas com vários autores (destacando-se o pianista e compositor Filipe Melo e o tubista Sérgio Carolino) que tem proporcionado uma programação, no domínio musical, de grande referência cultural. Este programa tem garantido um conjunto de apresentações musicais que potenciam uma leitura mais ampla do trabalho musical dos autores/compositores e um envolvimento dos públicos na relação com o artista e a sua obra, movendo uma maior proximidade. Este modelo tem também, a organizado oficinas criativas, onde jovens oriundos do concelho e do distrito têm participado, adquirindo e aprofundando novos conhecimentos técnicos e musicais.
Este modelo organizacional permite, além do estabelecimento de um vínculo relacional dos autores/ compositores com as Caldas da Rainha, a criação das condições para a apresentação de programas inéditos que tem contemplado estreias mundiais, fatores múltiplos que contribuem para a a¬rmação do espaço e da cidade como modelo criativo e que terá, a curto prazo, uma linha editorial discográfica, suporte que permitirá construir um histórico referencial para as novas gerações. Estas residências constituem um pólo galvanizador experimental para o aparecimento de criadores locais com projetos, além da influência que proporcionam nas estruturas musicais locais, nomeadamente nos jovens músicos das bandas filarmónicas.
O financiamento despendido em termos protocolares (anual) cria uma vantagem operacional ao CCC, dada a possibilidade de realizar um pagamento mensal, permitindo-nos ter uma regular programação temática, além de proporcionar aos autores/compositores, enquanto modelo operacional, a apresentação regular dos seus projetos, ficando assim estabelecido um programa com vantagens para ambas as partes.
O projeto residência artística constitui um valor fundamental para o reconhecimento musical como obra de arte, porque é capaz de alterar a perceção do espectador e proporcionar aos autores/compositores um nível de produção regular permitindo, assim, um processo criativo afirmativo.
A residência artística de 2013 é estabelecida com o compositor Dimitris Andrikopoulos (Grécia), professor de composição da ESMAE (Escola Superior de Música, Artes do Espetáculo, Porto), em parceria com a compositora Ângela da Ponte (Açores-Portugal) Jovem Compositora Residente em 2011 na Casa da Música – Porto.
Dimitris Andrikopoulos
Nasceu em 1971 em Larissa (Grécia).
Começou os seus estudos musicais de Viola d´ Arco e de Teoria Musical obtendo em 1989 os diplomas em Harmonia e em Orquestração de Orquestra de Sopros. Em 1992 em Atenas, diplomou -se nos cursos de Viola d´Arco e de Contraponto.
Continuou os seus estudos na Holanda, na Escola Superior de Artes de Utrecht com Ron Ephrat. Em 1996 obteve o diploma de professor de viola d´arco e dois anos mais tarde o diploma de solista na Escola Superior de Artes de Maastricht com H. Guittard.
Concluiu, como Violetista, em 2000 a pós-graduação em Música de Câmara com estudo de repertorio de Séc. XX. No mesmo período começou com os seus estudos de composição na Escola Superior de Música e Dança de Roterdão com Klaas de Vries.
Em maio de 2004, concluiu a pós-graduação em Composição e ao mesmo tempo, foi lhe atribuído o Prémio de Composição da Escola Superior de Música e Dança de Roterdão.
Um dos seus interesses principais é a interação das diferentes disciplinas na música e principalmente a combinação da música acústica e electrónica.
Foi selecionado como Participante Ativo para o “Centre Acanthes 2005” em Metz onde trabalhou com W. Rihm, P. Dusapin e A. Solbiati. A sua obra “Nyx” para orquestra foi executada no Concerto Final pela Orchestre National de Lorraine. Colaborou com vários grupos, em vários países europeus como,Asko Ensemble, Mondrian Quartet, Remix Ensemble, Nederlands Ballet Orkest, Orchestre National de Lorraine, a Orquestra Nacional de Atenas, Colors Contemporary Music Group, !Ynx Ensemble, Duo Palmos, Jazz Orchestra of Matosinhos, Drumming Grupo de Percussão, e intérpretes como, Miquel Bernat, Sérgio Carolino, João Barradas, Margriet van Reisen, Lefki Karpodini, Lorenda Ramou entre outros.
Ganhou vários prémios de Composição como, em Maio de 2002, o Primeiro Prémio no concurso NOG para Jovens Compositores, com a obra “Antiparathesis” para Violino e Orquestra.
Em 2010 foi-lhe atribuído o COMPASS Price (Centre for Composition and Associated Studies) da Universidade de Birmingham para a obra “Metamorphoses I” para Ensemble.
Em 2012 foi-lhe atribuído o “ITEA / Harvey Phillips Award for Excellence in Composition” para a obra “Anathema I” para Contrabass Tuba e Bayan.
Desde 2004 é docente de composição na Escola Superior de Música, Artes e Espetáculo (ESMAE) do Instituto Politécnico do Porto.
Ângela da Ponte
Licenciada em composição pela Escola Superior de Música e das Artes do Espetáculo, exerce as atividades de compositora e de docente no Conservatório Regional de Música de Vila Real. Nasceu em Ponta Delgada a 1984, e começou os primeiros passos na música aos 6 anos de idade com o violino no Conservatório Regional de Ponta Delgada.
Durante o curso trabalhou com os compositores: João Madureira, Dimitris Andrikopoulos, Carlos Guedes, Klaas de Vries, Marina Pikoul e Magnus Lindberg.
Participou também em vários Workshops realizados pela Universidade do Texas em colaboração com as Universidades Portuguesas, sob a orientação de Bruce Pennycook e Andy Garrison. Em Setembro de 2009 participou numa residência de composição no LABO#8 em Froidlieu, na Bélgica, onde o instrumento de criação musical foi o fagote com orientação de Hugues Kesteman. A orientação artística na composição foi de Jean-Luc Fafchamps e Jean-Marc Sullon.
Em Fevereiro de 2010 a sua música sobe o palco da Culturgest, com participação no 8º Workshop da Orquestra Gulbenkian para Jovens Compositores, com a peça EKIS III sob a direção de Joana Carneiro. Ainda no mesmo ano foi uma das selecionadas no concurso Labjovem - concurso de jovens criadores açorianos - na área da música com a peça Circus para multipercussão.
Em 2011 foi Jovem compositora residente na Casa da Música escrevendo para a Orquestra Sinfónica do Porto, dirigida pelo maestro Michael Sanderling, Nuno Simões (vencedor do Prémio Jovens Músicos, percussão) e Remix Ensemble, dirigido por Emílio Pomárico. No Verão de 2011 trabalhou em colaboração com Pedro Cardoso na composição para Bandas Filarmónicas no âmbito dos 5 dias em Manobras na cidade do Porto.
Atualmente é aluna de mestrado em composição (MPhil) na Universidade de Birmingham (Reino Unido), sob a orientação dos professores Jonty Harrison e Michael Zev Gordon.