Luiz Pacheco (Lisboa, 1925 – Montijo, 2008), editor de Mário Cesariny, Natália Correia, Herberto Helder, José Cardoso Pires, tantos mais, foi implacável como crítico literário e um incansável polemista. Só isso justificaria dedicarmos-lhe toda a atenção. Acontece que Luiz Pacheco foi também um escritor de primeira, com passagem pelas Caldas da Rainha (1964-1968), cidade onde além de haver composto alguns dos seus melhores textos, foi preso por duas ocasiões. Aqui gerou “O Caso das Criancinhas Desaparecidas” ou “Maravilhas & Maravalhas Caldenses”. Em Junho, trazemos a Diga 33 – Poesia no Teatro um dos maiores especialistas na obra e vida de Luiz Pacheco. António Cândido Franco (Lisboa, 1956), autor de vários estudos sobre literatura e cultura portuguesas, biografou já por duas ocasiões o autor de “Comunidade”. A mais recente intitula-se “O Firmamento é Negro e não Azul. A Vida de Luiz Pacheco” (Quetzal, Janeiro de 2023). Ocasião para aprofundarmos o conhecimento do autor e, certamente, relembrarmos uma vida repleta de peripécias, casos, aventuras, sempre no fio da navalha por nunca prescindir da liberdade.