TECLA TÓNICA
19.05.2016
ÀS 21:30
Documentário + concerto de GHOST HUNT
A música electrónica tem o dobro da idade do Rock’n’Roll, e em Portugal, antes da sua emancipação comercial, vários foram os intervenientes que pintavam a contemporaneidade tentando estender o seu léxico musical com a modernização existente.
“Tecla Tónica” explora a alquimia da electrónica na música em Portugal e dos seus reprodutores, desenhando a própria génese de uma maquina como o sintetizador. Documentando a cronologia da evolução tecnológica do género, presente desde as primeiras peças de electroacústica da década de 60 até ao panorama actual, este documentário viaja pela pop electrónica da década de 80, pela emersão do sampling, culminando na liberdade da pista de dança.
Realizado e produzido por Eduardo Morais (“Meio Metro de Pedra”/ “Música em Pó” / “Uivo”), este documentário surge de uma sinergia entre o próprio e a Jameson Irish Whiskey, levada a cabo durante o ano de 2015, e conta com a participação de músicos como Carlos Maria Trindade, José Cid, Carlos Zingaro, Vitor Rua, Tó Pereira, Moullinex, entre tantos outros deste género tão fresco como quando por cá surgiu.
FICHA TÉCNICA:
Produção e Realização: EDUARDO MORAIS;
Entrevistas conduzidas por: EDUARDO MORAIS e RUI MIGUEL ABREU;
Câmara: EDUARDO MORAIS e JOÃO POMBEIRO;
Captação de som: GONÇALO FORMIGA e HELENA FAGUNDES;
Edição e Pós-produção de imagem: EDUARDO MORAIS;
Pós-produção de som: HELENA FAGUNDES
PORTUGAL | 2016 | 100’ | cor
BIOGRAFIA GHOST HUNT:
"Ao apoderar-se da tripla herança guitarra-sintetizadores-engenharia-de-som, Pedro Oliveira chama a si muita da história do pop-rock, e faz isso com a veemência de quem a submete a um processo de fusão nuclear. Ghost Hunt é ruído feito com muitas máquinas, mas é ruído feito com paredes e paredes de som meticulosamente combinadas. Paredes essas que revelam ser linhas melódicas, que podem ser curtas como jingles ou longas como cantos de baleia. Com Pedro Chau a servir-lhe linhas de baixo muito tensas e ásperas, Pedro Oliveira instala em palco um estúdio de som. Para um ouvinte com carinho por etiquetas, a primeira referência a que imediatamente associamos Ghost Hunt é a bandas como Kraftwerk, Harmonia, Cluster, Neu! A razão é menos estética do que operativa: há no modo de tocarem, uma grande afinidade pelas técnicas de assemblage da geração do Krautrock. Temos de fazer marcha atrás por muito daquilo que os formou, acima de tudo a música dos anos 80: o som “shoegazer”, a techno de Detroit, o acid, o electro industrial, o synthpop, e, lá mais para trás, o punk, o rock psicadélico, o garage rock. Mas este arsenal de correntes estéticas, na praia de Ghost Hunt, dissolve-se em rochas sedimentares e areia muito fina. A música está nas ondas. Na zona de rebentação. É uma fábrica de sons vivos a engendrarem delírios de viajante. Visitamos um laboratório de memórias psicotrópicas, com infinitos jogos de dança, jogos de quero-mas-não-toco, e uma multidão de diálogos e juras de amor às camadas geológicas da música. Viajamos dentro do som. Às vezes até julgamos reconhecer algo familiar, que nos fascinou há muito, muito tempo – mas fomos apenas surpreendidos pelo fantasma da música a ser caçado à nossa frente." - Rui Catalão
Bilhete (Documentário + Concerto): 5 €
Bilhete Estudante: 4€