Poesia no Teatro é um ciclo de conversas com poetas, editores, ensaístas, em torno da poesia.
Debatem-se obras, partilham-se percursos, lêem-se textos.
Nascido em 1961, Luís Fernandes licenciou-se e doutorou-se em Psicologia na Universidade do Porto, onde é professor desde 1986 e dirigiu durante vários anos o Centro de Ciências do Comportamento Desviante. Foi distinguido, em 1998, com o prémio Fernand Boulan da Association Internationale de Criminologues de Langue Française e, em 2014, com o Prémio de Excelência Pedagógica da Universidade do Porto. Durante uma parte considerável do seu percurso académico, dedicou-se à caracterização do fenómeno da droga em contexto urbano. Em anos mais recentes, tem dedicado atenção à complementaridade entre as escritas literária e científica enquanto instrumentos de autoconhecimento. É neste âmbito que surge a obra “As Lentas Lições do Corpo” (Contraponto, 2021), ensaios sobre as relações entre corpo e mente concebidos depois de perder a visão e tirar um curso de massagem terapêutica.
João Habitualmente, pseudónimo poético de Luís Fernandes, publicou os primeiros poemas em revistas ainda na década de 1980. Em 1995, estrou-se em livro com o díptico “Os sons parados e Agradecemos”. Eram os tempos das segundas de poesia no Pinguim Café, devidamente registadas na “Antologia da Cave” (Apuro Edições, 2013). Seguiram-se obras como “Os Animais Antigos” (Objecto Cardíaco, 2006), “Poemas físicos da frente para a retaguarda na curva interior da estrada” (Apuro Edições, 2016) ou o mais recente “Estátuas na Praça” (Apuro Edições, 2022). Pelo meio, uma antologia da sua poesia foi publicada na colecção da Porto Editora coordenada por valter hugo mãe: “Um dia tudo isto será meu” (2019).